PF monitora desde 2022 uso do Brasil como centro para espiões da Rússia
Brasil é utilizado pela Rússia como centro para formação de agentes de inteligência, revela investigação da Polícia Federal. A descoberta de operações encobertas destaca um cenário alarmante de espionagem internacional no país.
Polícia Federal investiga desde 2022 que o Brasil é utilizado pela Rússia como centro para a formação de agentes de inteligência.
Em abril de 2022, a PF focou em três casos de espiões russos com identidades brasileiras. O The New York Times relatou que o Brasil se tornou uma "fábrica" para esses agentes.
A reportagem afirma que a Rússia usou o Brasil como plataforma de lançamento de agentes de inteligência, conhecidos como ilegais. Eles construíram novas identidades, abrindo empresas e formando relacionamentos.
Investigações mostraram que pelo menos nove oficiais russos operaram sob falsas identidades brasileiras. Entre eles, Serguei Tcherkasov, deportado para o Brasil em 2022 e ainda preso após decisão do STF. Sua extradição está condicionada à conclusão das investigações no Brasil.
A Folha destacou que o Brasil atrai espiões devido à facilidade na obtenção de documentos e à aceitação do passaporte brasileiro mundialmente.
A PF mapeou transações financeiras ligadas aos espiões e identificou integrantes do governo russo no Brasil. Em abril de 2024, a Abin descobriu Serguei Alexandrovitch Chumilov, espião que se passava por diplomata, cooptando brasileiros como informantes.
A entidade cultural que abrigava Chumilov já enfrentou acusações de espionagem nos EUA e na Europa.