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PF investiga pagamentos a servidores do INSS em operação sobre descontos em aposentadorias

Operação Sem Desconto da Polícia Federal investiga esquema de fraudes em benefícios do INSS que pode ultrapassar R$ 6 bilhões. Pagamentos suspeitos a ex-integrantes da cúpula do INSS ligam o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes a possíveis crimes de corrupção.

Polícia Federal investiga esquema de descontos não autorizados em benefícios do INSS, com possível ligação a pagamentos feitos a empresas e familiares de servidores.

A suspeita envolve o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como "careca do INSS", e ex-diretores do órgão.

No dia 23 de outubro, PF e CGU realizaram a operação Sem Desconto para combater fraudes em descontos, totalizando R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024, que serão investigados quanto à legalidade.

Segundo reportagens, Antunes seria o "epicentro da corrupção ativa" e suas empresas pagaram R$ 7,54 milhões para a esposa do ex-procurador-general do INSS, Virgilio Antonio Ribeiro de Oliveira Filho.

Oliveira Filho é citado por ter dado parecer favorável ao desconto em mais de 34 mil benefícios da Contag, meses após a Procuradoria se opor ao pedido da entidade.

O "careca do INSS" também repassou valores ao advogado de um filho do ex-diretor André Paulo Felix Fidelis e recebeu R$ 313.205,29 relacionados a ex-diretores do INSS.

O MPF afirma que há "sérios indícios" de descontos indevidos para enriquecimento ilícito, ocultação de patrimônio e crimes de corrupção.

Após a operação, Alessandro Stefanutto deixou a direção do INSS, mantendo sua inocência.

A PF apreendeu cerca de R$ 41 milhões em bens, incluindo 61 veículos avaliados em R$ 34,5 milhões e 141 joias ou semijoias.

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