PF intima diretor-geral da Abin sob Lula em investigação sobre 'Abin paralela'

Polícia Federal intimou o diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Luiz Fernando Corrêa, e o ex-número 2, Alessandro Moretti, para depor no dia 17 sobre supostas espionagens irregulares.

As investigações, conhecidas como "Abin paralela", começaram com o uso do software FirstMille para espionar adversários políticos e jornalistas durante o governo Jair Bolsonaro. A estrutura também teria atuado para proteger os filhos do ex-presidente em processos judiciais e produzir desinformação.

Os principais investigados incluem Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem. Após a repercussão do caso, Moretti foi exonerado pelo presidente Lula.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) e o ministro Alexandre de Moraes mantiveram a atual gestão da Abin sob suspeita, negando o compartilhamento da investigação com a corregedoria da agência. O procurador-geral, Paulo Gonet, destacou a "aparente resistência" interna da Abin.

Documentos da PF indicaram que Corrêa, então, participou de uma reunião onde foi alegado que a investigação tinha "fundo político". A PF mencionou que não havia autorização interna para compartilhar informações sigilosas.

Both Moretti and the current Abin leadership deny involvement in irregular acts and maintain they have always cooperated with the investigations.

A PF instaurou um inquérito sobre um possível vazamento de informações da investigação após uma reportagem do UOL apontar que a Abin espionou autoridades do Paraguai. O governo Lula afirmou que essa ação foi autorizada por Bolsonaro e cancelada pela atual gestão em março de 2023.

A reportagem revelou que a Abin teria invadido computadores para obter dados sigilosos sobre a usina hidrelétrica de Itaipu, foco de disputas comerciais entre Brasil e Paraguai.