PF identificou que parte da família de Mauro Cid viajou para os EUA
Movimentações da família de Mauro Cid geram alerta entre investigadores, enquanto ex-ministro é preso por suspeitas de ajuda a emissões ilegais de passaporte. Cid, que se tornou delator, é considerado uma figura central na investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Suspeitas de fuga do tenente-coronel Mauro Cid surgiram após família viajar para os Estados Unidos no fim de maio.
Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, fechou um acordo de colaboração premiada e foi convocado a depor na sexta-feira (13).
Um mandado de prisão foi expedido, mas revogado antes de ser cumprido. Ele é réu por tentar golpear o Estado e prestou depoimento no STF esta semana.
A viagem aos EUA envolveu sua mulher, uma das filhas e os pais dele, o que levou a suspeitas dos investigadores, que envolveram a Procuradoria-Geral da República (PGR).
O ex-ministro do Turismo, Gilson Machado, foi preso por suspeitas de ajudar na emissão de um passaporte português para Cid. A PGR pediu a abertura de um inquérito contra Machado e sua quebra de sigilo. O processo tramita em segredo de Justiça, sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
Cid é central na investigação da trama golpista ligada a Bolsonaro, sendo considerado um dos líderes. O acordo de delação concedeu imunidade a seus familiares, que também eram investigados em outros casos.