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PF expõe explosão nos registros de armas durante governo Bolsonaro

Polícia Federal divulga dados sobre registros e armas dos CACs após transferência de fiscalização do Exército. O novo sistema já acumula informações sobre 978 mil registros desde 2001, com 81,7% emitidos durante o governo Bolsonaro.

Fiscalização dos CACs transferida para a Polícia Federal

Após 15 dias da transferência de fiscalização dos colecionadores, atiradores desportivos e caçadores (CACs) do Exército para a Polícia Federal (PF), dados oficiais foram divulgados.

A mudança ocorreu em 1.º de julho com investimentos de R$ 20 milhões do Ministério da Justiça. A PF conta com 600 agentes para essa nova função.

A PF agora gerencia o Sistema Nacional de Armas (Sinarm), que inclui 3 milhões de armas e fiscaliza mais de 900 mil CACs.

Entre os dados, destaca-se que a emissão de certificados de registros disparou durante o governo de Jair Bolsonaro, alcançando um pico de 361.142 registros em 2022. Em contraste, sob o governo de Lula, os registros despencaram para 1.076 em 2023.

Para fortalecer a fiscalização, a PF planeja criar Delegacias de Controle de Armas em todas as capitais e 96 Núcleos em delegacias do interior, totalizando 123 estruturas.

O controle militar foi criticado em um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU), que identificou “sérias fragilidades”. A transferência atrasada levou à paralisação da fiscalização dos CACs.

Perfil das Armas

  • Predomínio da pistola 9mm: 472,4 mil armas registradas.
  • Demais calibres populares: 22 Long Rifle, 12 GA e 380 Automatic.
  • O governo Lula regulamentou o uso de armas, tornando certas armas de uso restrito novamente.

Distribuição dos CACs e Armas

  • São Paulo concentra 53,6% dos 52 mil CACs registrados no Brasil.
  • Atiradores desportivos: 1,2 milhão (81,6%).
  • Caçadores: 224,4 mil (14,9%).
  • Colecionadores: 52 mil (3,4%).

O cenário da fiscalização e controle de armas no Brasil está mudando sob a nova administração, com desafios e prioridades a serem definidos.

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