PF aponta que grupo 'C4' tinha fuzis, explosivos e usavam prostitutas como iscas
Grupo criminoso formado por militares e civis é acusado de espionagem e homicídios, com arsenal preparado para execuções encomendadas. A operação da Polícia Federal já resultou em prisões e desdobramentos em diferentes estados.
Documento apreendido pela Polícia Federal (PF) revela a existência de um grupo criminoso chamado C4, que significa "Comando de Caça Comunistas, Corruptos e Criminosos".
A operação foi deflagrada na 7ª Fase da Operação Sisamnes nesta quarta-feira (28).
O grupo, composto por militares da ativa e reserva e civis, se dedicava à espionagem e homicídios sob encomenda.
Entre o arsenal do grupo estão:
- 5 fuzis com silenciador
- Um lança rojão
- Minas magnéticas e explosivos
- 2 lançadores de dardos
- 10 carros com placas frias
As anotações também mencionam gastos com "iscas", locações temporárias e materiais para disfarces. Uma "tabela de preço" indicava valores para assassinatos:
- R$ 50 mil para "figuras normais"
- R$ 100 mil para deputados
- R$ 150 mil para senadores
- R$ 250 mil para ministros do Judiciário
O material apreendido incluiu uma agenda com nomes dos ministros Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. A investigação não confirmou se eles estavam na mira do grupo.
O nome do senador Rodrigo Pacheco também foi encontrado entre os documentos.
Na mesma data, a PF prendeu cinco pessoas sob investigação de um esquema de venda de sentenças do STJ. A operação foi autorizada por Cristiano Zanin e mirou os mandantes do assassinato do advogado Roberto Zampieri.
Seis mandados de busca foram cumpridos em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais, além de medidas cautelares, como recolhimento domiciliar e apreensão de passaportes.
Luís Roberto Barroso, presidente do STF, declarou que é cedo para conclusões sobre a investigação, enquanto Pacheco chamou a situação de "estarrecedora", clamando por ordens e leis diante dessa ameaça à democracia.