Petrolíferas estão em 'alerta máximo' com queda de preço e questionam projeção de Trump
Corte de investimentos e paralisação das plataformas de perfuração revelam crise iminente no setor de petróleo dos EUA. Executivos alertam para a possibilidade de queda significativa na produção, afetada por preços em baixa e tarifas de Trump.
Petrolíferas dos EUA reduzem gastos e paralisam plataformas de perfuração devido ao aumento dos custos e tarifas implementadas pelo presidente Donald Trump, além da queda nos preços do petróleo. Executivos alertam para o fim do boom do xisto, com Clay Gaspar, da Devon Energy, ressaltando que "todas as opções estão na mesa".
A produção de petróleo deve cair 1,1% no próximo ano, para 13,3 milhões de barris por dia, marcando o primeiro declínio anual em uma década. Os preços do petróleo encerraram a semana em US$ 61,53 por barril, enquanto os produtores de xisto precisam de US$ 65 para equilibrar as contas.
A decisão da Opep+ de aumentar a oferta de petróleo gera receios de uma nova guerra de preços. Scott Sheffield, ex-diretor da Pioneer Natural Resources, enfatiza que um preço de US$ 50 por barril pode resultar na perda de até 300 mil barris por dia na produção dos EUA.
A contagem de plataformas de petróleo no país era de 553, uma queda de 10 em relação à semana anterior. Chevron e BP anunciaram 15 mil demissões globalmente, apesar da estabilidade no emprego nos EUA.
Os 20 principais produtores de xisto reduziram seus orçamentos de despesas de capital em US$ 1,8 bilhão para 2025. Tarifas elevam os preços de insumos, como aço e alumínio, acrescentando pressão ao setor. Doug Lawlor, da Continental Resources, prevê um ambiente econômico desafiador.
Jim Rogers, da Petrie Partners, enfatiza a importância de focar nos dividendos para manter a satisfação dos investidores.