Petróleo volátil: quais ações são mais resilientes ao cenário de preços da commodity?

Goldman Sachs revisou perspectivas para empresas de petróleo e gás na América Latina, adotando uma postura cautelosa após queda de 14% no preço do Brent em 2023.

A análise foca em empresas de baixo custo como Vista (VIST) e PRIO (PRIO3), consideradas menos sensíveis a flutuações. Petrobras (PETR3/PETR4) também é vista positivamente, embora sua valorização seja alta.

A queda nos preços está relacionada à diminuição de preocupações com Rússia e Irã, mas a desaceleração econômica nos EUA impactou o crescimento global, levando Goldman a ajustar projeções para US$ 65 a US$ 80 por barril.

Vista tem baixa sensibilidade e ativos na Vaca Muerta, com taxa interna de retorno de 50%. No entanto, suas ações caíram 13% este ano. Petrobras promete boa rentabilidade de 11% em 2025.

A PRIO, com projeto Wahoo iniciando produção em 2026, espera fluxo de caixa livre de 17% este ano. Ecopetrol (E1CO34) teve ADRs valorizados em 30% por especulações eleitorais, não operacionais.

O Goldman revisou produção da Vista para 2025 em -4%, com preço-alvo reduzido para US$ 55,90. PRIO também teve reduções significativas na produção e Ebitda, com novo preço-alvo de R$ 51,30.

Petrobras viu ajustes de Ebitda em -5% e preço-alvo reduzido para R$ 36,50. Ecopetrol teve produção média ajustada em -1% e preço-alvo de US$ 8,00.

YPF teve redução no preço-alvo de US$ 40,20 para US$ 38,40.

O Goldman mantém recomendação de compra para Vista e PRIO, enquanto Petrobras também é bem avaliada, apesar de riscos associados a intervenções governamentais.

A Ecopetrol e a YPF têm recomendações neutras devido a incertezas e riscos de produção. A Brava Energia e a PetroRecôncavo estão em observação, ambas com recomendações neutras.