Petróleo fecha em queda, apesar de tensão geopolítica, limitado por estoques nos EUA
Os estoques de petróleo nos EUA aumentam pela segunda semana consecutiva, pressionando os preços do mercado. Expectativas de tensões geopolíticas no Oriente Médio podem afetar a oferta, mas analistas acreditam que saída rápida da Opep+ pode minimizar impactos.
Contratos futuros de petróleo fecharam em queda na quarta-feira, 21, estendendo as perdas do dia anterior.
O recuo foi influenciado pelo aumento dos estoques de petróleo nos EUA, que subiram pela segunda semana consecutiva.
No New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para julho caiu 0,74% (US$ 0,46), fechando a US$ 61,57 o barril. O Brent, na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,72% (US$ 0,47), para US$ 64,91 o barril.
Dados do Departamento de Energia (DoE) dos EUA revelaram um aumento de 1,3 milhão de barris nos estoques, contrariando a expectativa de queda de 800 mil barris. Estoques de gasolina e destilados também apresentaram alta.
No início do dia, os contratos futuros avançaram mais de 1% após notícias sobre um potencial ataque de Israel a instalações nucleares do Irã, que poderia impactar a oferta de petróleo no Oriente Médio.
Priya Walia, da Rystad Energy, afirmou: “O mercado não está precificando uma escalada total entre Israel e Irã”. Ela indicou que, se as tensões aumentarem, poderia haver uma perda de oferta de cerca de 500 mil barris por dia.
Walia destacou que desdobramentos que afetem o Estreito de Hormuz teriam um impacto mais disruptivo no mercado.
Apesar disso, a expectativa é de que os preços continuem subindo devido a fatores sazonais do verão no Hemisfério Norte e incertezas em relação ao Irã, à Rússia e à Venezuela.