Petróleo dispara e futuros dos EUA caem após alerta de Trump sobre Teerã
Mercados globais reagem à tensão no Oriente Médio com recuo nas bolsas dos EUA e alta no petróleo. A próxima reunião do Federal Reserve também é aguardada com expectativa por potenciais mudanças na política monetária.
Mercados globais foram impactados pelo presidente Donald Trump, que pediu evacuação em Teerã, contrastando com o otimismo sobre o conflito entre Israel e Irã.
Futuros das bolsas dos EUA recuaram e o petróleo subiu quase 2% após suas declarações, feitas durante a cúpula do G7. Trump afirmara que o Irã desejava um acordo, mesmo enquanto ataques entre os países continuavam.
Os contratos futuros apontavam para leves altas em Tóquio e Hong Kong, após o índice S&P 500 subir 1% na segunda-feira. A confiança dos investidores nos EUA apresentou sinais mistos, com treasuries de longo prazo apresentando desempenho inferior.
Trump indicou que o Irã queria uma solução pacífica, enquanto Teerã sinalizava disposição para reduzir hostilidades e retomar negociações nucleares, conforme reportado pelo Wall Street Journal e a Reuters.
A eclosão das hostilidades entre Israel e Irã atrasou o impulso do S&P 500. Contudo, a percepção de que o conflito não se expandiria ajudou a melhorar o sentimento de mercado.
Analistas, como Tom Essaye, indicam que, enquanto o conflito se restringir à Israel e Irã, o impacto nos mercados será limitado.
Os investidores na Ásia também estão atentos à cúpula do G7, onde a Japão busca remoção total de tarifas dos EUA, especialmente as que afetam sua indústria automotiva.
Na China, dados otimistas de vendas no varejo trouxeram alívio, mas preocupações persistem sobre deflação e deterioração do mercado imobiliário.
Tensões no Oriente Médio continuam, com Israel atacando o campo de gás South Pars sem afetar a infraestrutura crítica de petróleo.
As tensões se somam aos desafios enfrentados pelos bancos centrais, enquanto o foco nos EUA se volta para a decisão do Federal Reserve sobre juros na quarta-feira, com expectativas de manutenção.
David Doyle do Macquarie Group acrescenta que os riscos de mercado em 2025 podem ser mais restritivos, dada a atual comunicação do Fed.