Petróleo despenca, e petroleiros do Texas começam a reclamar de Trump
Produtores de petróleo do Texas expressam descontentamento com a queda dos preços da commodity, atribuída às tarifas comerciais do presidente Trump. A situação preocupa o setor, que se vê ameaçado por uma possível redução na produção e consequentes demissões.
Produtores de petróleo do Texas estão frustrados com a queda acentuada nos preços do petróleo, que chegou a ser negociado abaixo de US$ 60 nesta quarta-feira, o menor patamar em quatro anos. A guerra comercial iniciada pelo presidente Donald Trump é vista como a causa principal.
Durante um torneio da Associação dos Produtores de Petróleo da Bacia do Permiano, os executivos expressaram preocupação sobre o impacto negativo das tarifas no mercado de energia. O setor de petróleo de xisto dos EUA é especialmente vulnerável devido ao seu alto custo de produção.
Desde a posse de Trump, preços do petróleo caíram quase 30%, afetando metade das 20 ações com pior desempenho no índice S&P 500. Executivos, como Kirk Edwards, mostram-se surpresos com a rapidez da queda, enquanto Trump celebra a possibilidade de preços baixos na gasolina.
A Opep anunciou um aumento de produção logo após os anúncios tarifários de Trump, exacerbando a crise. Se os preços caírem para US$ 50 por barril, a produção dos EUA poderá cair em mais de 1 milhão de barris por dia.
Executivos estão preocupados com a falta de investimentos futuros e com a suspensão de novas perfurações. Brian Sheffield, da Formentera Partners, critica o entendimento de Trump sobre a indústria, citando danos diretos às operações de perfuração.
Empresas como a Liberty Energy já sofreram quedas acentuadas em suas ações. A situação atual é considerada crítica, com consequências diretas na economia local e na capacidade produtiva futura do setor.