Petróleo chega a saltar mais de 10% com novo risco geopolítico: o que esperar agora?
A escalada de tensões no Oriente Médio, impulsionada por ataques israelenses ao Irã, provoca reações no mercado de petróleo, elevando os preços. Analistas alertam para os riscos geopolíticos e suas potenciais consequências na oferta e na inflação global.
Os preços do petróleo subiram 13% nesta sexta-feira (13), com o brent superando os US$ 75 por barril.
A alta é atribuída a risco de oferta no Oriente Médio, exacerbado por ataques israelenses ao Irã. A situação provoca temores de danos à infraestrutura produtiva e logística na região.
Bruno Cordeiro, analista da StoneX, destaca a importância geopolítica do Oriente Médio, responsável por cerca de 25% da oferta global de petróleo.
As principais preocupações incluem:
- Infraestrutura produtiva: A possibilidade de conflitos entre Irã e Israel prejudicarem a produção.
- Logística: O Irã próximo ao Estreito de Ormuz, onde passam 20 milhões de barris de petróleo por dia.
O JPMorgan alerta que o ataque de Israel pode se estender, com o Irã prometendo retaliar, impactando os mercados de energia globalmente.
O banco também informou que o prêmio geopolítico subiu para US$ 10 acima do valor justo para o petróleo, de US$ 66, indicando uma possibilidade de 17% de um cenário mais severo.
A produção do Irã se recuperou para 3,2 milhões de barris por dia, mas ainda está abaixo do pico de 2017-2018.
Richard Joswick, da S&P Global, prevê alta nos preços a curto prazo, mas ressalta que a questão-chave é se as exportações serão afetadas. Historicamente, ataques anteriores resultaram em altas temporárias que recuaram se não houverem impactos no fornecimento.
A China é o principal cliente do petróleo iraniano, podendo buscar alternativas entre outros exportadores, enquanto o comércio iraniano é limitado por sanções ocidentais.