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Petróleo cai com guerra comercial e excesso de oferta, mas alívio na bomba ainda divide especialistas

Queda no preço do petróleo gera incertezas sobre repasse aos consumidores brasileiros. Demandas internas e políticas da Petrobras complicam previsão de alívio nos combustíveis.

Queda no preço do petróleo: Fatores geopolíticos e estratégicos têm pressionado para baixo o preço do barril nas últimas semanas. Porém, incertezas persistem quanto ao repasse dessa redução aos consumidores brasileiros.

A baixa nos preços foi impulsionada pela Opep+, que decidiu aumentar a produção em mais de 400 mil barris/dia a partir de maio. Isso supera as expectativas do mercado e amplia a oferta.

A guerra tarifária entre China e Estados Unidos gera temores de desaceleração econômica global, projetando uma possível recessão no segundo semestre e redução na demanda por petróleo.

Dados mostram que o barril Brent caiu 4,7% em março e o WTI 4,6%, atingindo os menores níveis desde agosto de 2021. Projeções indicam retrações de -11,4% para o Brent e -14,6% para o WTI nos próximos 12 meses.

Adriano Birle, economista da GEP Costdrivers, acredita na permanência dessa tendência ao longo do ano, destacando espaço para redução no preço da gasolina, uma vez que o diesel já teve queda recente.

A política de preços da Petrobras é um fator de incerteza. Desde 2023, não há paridade automática com o mercado internacional, levando em conta custos internos e concorrência.

Rivaldo Moreira Neto, da A&M Infra, ressalta a defasagem de preços no Brasil e a cautela da Petrobras para repassar quedas devido à volatilidade no mercado internacional.

Érico Oyama, consultor político, menciona a preocupação do governo em melhorar a avaliação do presidente Lula, o que pode pressionar a estatal a reduzir preços, uma vez que combustíveis impactam significativamente a inflação.

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