Petrobras não vai passar confusão do mercado externo a consumidor, diz Magda sobre combustíveis

Magda Chambriard, presidente da Petrobras, afirmou que a companhia está monitorando os preços baixos do petróleo, mas que sua política de preços evita a transferência de "confusões" do mercado internacional para o consumidor.

A estatal tem mantido preços acima das cotações internacionais desde o início do mês, quando o tarifaço de Donald Trump impactou os valores do petróleo. Atualmente, a gasolina da Petrobras está R$ 0,11 acima da paridade de importação e o diesel R$ 0,16 acima.

Sobre a possibilidade de cortes nos preços, Chambriard disse que a Petrobras monitora o cenário diariamente. Ela declarou: "Preço de combustível faz parte do nosso dia a dia... tem regra, tem procedimento".

A Petrobras já reduziu o preço do diesel em abril, antes do tarifaço, enquanto a gasolina não sofre alteração desde julho de 2024. O governo pressiona a empresa a repassar a queda das cotações internacionais para aliviar a inflação.

Chambriard falou durante uma cerimônia de convênio com a Coppe/UFRJ para a criação de um laboratório de pesquisas sobre o escoamento de petróleo e gás, que visa encontrar soluções para obstruções nos dutos. Isso pode favorecer a produção de fertilizantes no Brasil.

Ela também defendeu a exploração de petróleo na margem equatorial brasileira, alertando que a falta de novas fronteiras exploratórias pode levar o país a dependências mais poluentes. Contudo, não confirmou se a empresa manifestou interesse em áreas da bacia da Foz do Amazonas, que serão leiloadas em junho.

Essa oferta de áreas ocorre em meio a conflitos entre as áreas ambiental e energética do governo sobre a viabilidade da perfuração. A Petrobras enfrenta dificuldades para obter licenças do Ibama para perfuração, mas Magda expressou otimismo sobre a obtenção da licença, apoiada por políticos locais.