Petrobras encurta home office e gera 'revolta', diz sindicato
Mudança no regime de teletrabalho gera protestos entre funcionários da Petrobras. Greves e insatisfações marcam a implementação de jornada presencial ampliada por parte da empresa.
Petrobras inicia a redução do home office, passando de três para dois dias presenciais por semana.
Após seis meses de impasses, a medida foi implementada na última segunda-feira (2).
Entre os 17 sindicatos, dois ainda não assinaram o acordo: Sindipetro do Litoral Paulista e Sindipetro do Rio de Janeiro, este último representando uma das maiores bases afetadas.
A diretora do Sindipetro-RJ, Ana Paula Baião, destaca a indignação dos funcionários em relação à mudança.
A Petrobras afirma que a maioria dos sindicatos aprovou o acordo. Desde setembro de 2024, gerentes já operavam com três dias presenciais.
Em comunicado, a empresa estabelece que um dos dias obrigatórios deve ser a segunda ou a sexta-feira.
A FNP critica a mudança, argumentando que grupos específicos, como pais de crianças com deficiência, deveriam ter direito a home office integral.
Em resposta, a Petrobras afirma ter dialogado com as entidades sindicais, oferecendo flexibilizações, como até três dias de trabalho remoto para gestantes e pais de crianças até dois anos.
Contudo, há controvérsia sobre uma cláusula no regimento interno que permite a cancelamento do teletrabalho por gestores.
A FNP planeja uma assembleia na próxima semana, com a possibilidade de greve, ressaltando que muitos ainda não concordaram com as novas regras.
A mudança visa melhorar a integração das equipes e a agilidade nos resultados durante um momento de expansão de investimentos.
Cibele Vieira, da FUP, vê a nova postura da Petrobras como um avanço, já que a validade do acordo é de dois anos, necessitando de intermediação sindical para alterações.
Dentre os sindicatos, dez haviam assinado até quarta-feira (5). O Sindipetro Bahia assinou na manhã seguinte.