Petrobras diz que queda do petróleo assusta, mas tem projetos resilientes
Petrobras reafirma que seus projetos são resilientes a preços baixos do petróleo, mesmo com a recente queda das cotações. A diretora da estatal destaca que não há planos para revisar investimentos, considerando a atual situação como passageira.
Sylvia Anjos, diretora de Exploração e Produção da Petrobras, afirmou que a queda do petróleo preocupa, mas os projetos da estatal são resilientes a essa situação.
No dia 7 de novembro, o barril de petróleo Brent foi negociado abaixo dos US$ 60 pela primeira vez desde fevereiro de 2021, caindo cerca de US$ 15 após o anúncio de novas tarifas comerciais dos EUA.
A diretora declarou, em evento no Rio de Janeiro, que os projetos da Petrobras foram aprovados para resistir a preços de até US$ 28 por barril. Ela não planeja revisões de projetos, considerando o cenário atual como temporário.
O plano de investimentos da estatal considera um preço de petróleo em torno de US$ 83 por barril em 2025. Contudo, o câmbio atual (R$ 6,10) é maior que o previsto (R$ 5).
Analistas do UBS BB alertam que a Petrobras tem pouca margem para cortar investimentos, o que pode impactar a distribuição de dividendos.
Sylvia ressaltou que a indústria já está acostumada a lidar com crises e enfatizou a importância de ter projetos resilientes.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, destacou que a queda das cotações "acende sinal amarelo" para as finanças do estado, que já prevê um déficit de R$ 12 bilhões para 2025.
Castro mencionou que, apesar do déficit, o estado possui um colchão financeiro de R$ 22 bilhões, mas que novos cortes poderão ser necessários em caso de redução acentuada dos preços do petróleo.