Petrobras deve esperar para ajustar gasolina à queda do petróleo
Preços internacionais de petróleo atingem níveis baixos, mas Petrobras opta por não ajustar combustíveis. Expectativas de estabilização de cotações e impacto sobre a inflação e arrecadação permanecem em análise.
Tarifaço de Trump e aumento da Opep resultaram em queda das cotações internacionais de petróleo, atingindo os menores níveis desde o início de 2021.
A Petrobras mantém os preços dos combustíveis inalterados, evitando repassar volatilidades ao consumidor. Reajustes só ocorrerão quando as cotações se estabilizarem.
Nesta segunda-feira (7), o petróleo Brent oscilou em torno de US$ 64 por barril, em comparação aos US$ 75 antes do tarifaço. A Petrobras continua vendendo combustíveis com prêmio em relação ao mercado internacional.
No início da semana, a gasolina tinha um preço R$ 0,12 acima da paridade de importação, e o diesel R$ 0,17 acima.
Analistas preveem que o cenário de queda persista devido à guerra comercial, com o Goldman Sachs reduzindo suas projeções para o petróleo. Estima-se que o Brent feche 2025 a US$ 62 e 2026 a US$ 58.
O potencial de cortes nos preços depende também do comportamento do câmbio, com o dólar em alta de 1,29%, a R$ 5,91.
Cortes nos preços da gasolina impactariam a inflação, enquanto um novo patamar de preços do petróleo afeta a balança comercial e a arrecadação governamental. Em 2024, o petróleo gerou US$ 45 bilhões em exportações.
A arrecadação de royalties e participações especiais ultrapassou R$ 95 bilhões em 2024, impactando estados como o Rio de Janeiro.