Petrobras conclui unidade no AP e dá mais um passo para licença da Margem Equatorial
Petrobras avança em licenciamento ambiental ao concluir centro de reabilitação de fauna no Amapá. A unidade é crucial para a exploração na Margem Equatorial, mas enfrenta a resistência de ambientalistas.
A Petrobras avançou no licenciamento ambiental para explorar a Margem Equatorial brasileira ao concluir a Unidade de Atendimento e Reabilitação de Fauna em Oiapoque, Amapá. A unidade atuará no atendimento de animais resgatados, principalmente aves, mamíferos marinhos, tartarugas, golfinhos e peixes-boi.
A estatal recebeu, na última sexta-feira (4), a licença da Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Amapá. No entanto, a unidade deve passar por uma inspeção do Ibama antes de iniciar suas atividades.
Além do centro em Oiapoque, a Petrobras mantém uma unidade em Belém, Pará, chamada Centro de Despetrolização e Reabilitação da Fauna.
A construção do equipamento é uma das exigências para a empresa realizar perfurações no bloco FZA-M-59, localizado a cerca de 500 km da foz do Rio Amazonas.
A Petrobras busca a autorização do Ibama para essa atividade exploratória desde 2022, enfrentando uma negativa em 2023 devido à falta de um plano de proteção à fauna e à unidade de estabilização.
A Margem Equatorial, uma região da costa brasileira do Amapá ao Rio Grande do Norte, é considerada uma fronteira exploratória com um potencial estimado de 9 bilhões de barris. Contudo, ambientalistas alertam para os riscos de desequilíbrio ambiental, especialmente nas áreas adjacentes à Amazônia.