Petrobras avança em licitações para retomada de obras no Comperj e na Refinaria Abreu e Lima
Petrobras reinicia projetos de refino após escândalos de corrupção, com licitações que somam R$ 18,9 bilhões. A retomada é vista como prioridade pelo governo Lula e promete geração de empregos e aumento na produção.
Petrobras avança na retomada de dois projetos principais de refino: Refinaria Abreu e Lima e Comperj, paralisados devido à Operação Lava Jato.
A Refinaria Abreu e Lima concluiu a licitação de três lotes de obras, totalizando R$ 4,9 bilhões. No Comperj, a Petrobras recebeu propostas para seis lotes, com valor de aproximadamente R$ 14 bilhões.
Grandes construtoras, como Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galvão, estão entre os concorrentes, concorrendo após acordos de leniência.
Ambos os projetos foram centrais nas investigações de corrupção. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considera esses projetos prioritários.
Refinaria Abreu e Lima: a Petrobras busca concluir a segunda unidade de refino, aumentando a capacidade de 130 mil para 260 mil barris por dia. A primeira licitação foi cancelada devido a preços excessivos. Na nova tentativa, os pacotes foram abertos ao público, onde a Consag venceu três pacotes.
O TCU classifica a refinaria como um exemplo de falência comercial, com um investimento de US$ 18 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões).
Comperj: atualmente chamado de Complexo de Energias Boaventura, as licitações aguardarão negociações com os consórcios vencedores, compostos por diversas construtoras. O projeto foi reativado após a posse de Lula, após ter sido reduzido no governo anterior.
A conclusão das obras foi aprovada em novembro de 2023 e as licitações foram abertas em maio de 2024, com operação prevista para 2028.
Objetivos do Comperj: produzir 75 mil barris de diesel, 20 mil barris de querosene de aviação e 12 mil barris de óleos lubrificantes. Esperam-se cerca de 10 mil postos de trabalho no projeto.
Ainda não houve comentário oficial da Petrobras sobre o assunto.