Petrobras assina contratos de R$ 4,9 bilhões para retomar obras da Refinaria Abreu e Lima
Petrobras anuncia retomada das obras da refinaria Abreu e Lima com contratos de R$ 4,9 bilhões. A iniciativa visa ampliar a capacidade de refino e gerar empregos, após anos de paralisação devido a escândalos de corrupção.
A Petrobras assinou nesta segunda-feira (16) os três primeiros contratos para concluir as obras da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
As obras estavam paralisadas após o esquema de corrupção da Operação Lava Jato.
Os contratos, no total de R$ 4,9 bilhões, foram vencidos pela Consag Engenharia, do grupo Andrade Gutierrez.
A presidente da estatal, Magda Chambriard, afirmou que a refinaria "é estratégica para o Brasil" e que os contratos representam o compromisso com o desenvolvimento do país.
A refinaria entrou em operação em 2014 com apenas metade da capacidade prevista. Em 2015, após o início da Lava Jato, as obras da segunda unidade foram paralisadas.
A refinaria foi um ponto chave na delação do ex-diretor Paulo Roberto Costa, iniciando as investigações da Lava Jato.
Considerada pelo TCU um exemplo de mau uso de recursos, já consumiu US$ 18 bilhões (cerca de R$ 100 bilhões).
A decisão de retomar as obras ocorreu após o início do terceiro mandato do presidente Lula, que vê na Petrobras um instrumento de desenvolvimento econômico.
O projeto visa ampliar a capacidade de refino de 130 mil para 260 mil barris por dia.
A Petrobras estima que a conclusão custará entre R$ 6 bilhões e R$ 8 bilhões.
No planejamento estratégico do novo governo Lula, a Petrobras previu US$ 17 bilhões em refino para os próximos cinco anos, incluindo a retomada do Comperj.