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Petro denuncia segurança reduzida antes de pré-candidato à presidência ser baleado

Senador Miguel Uribe é baleado durante evento de campanha em Bogotá, enquanto questionamentos sobre a segurança aumentam. O governo colombiano investiga as circunstâncias do atentado e a possível omissão na proteção do político.

Presidente Gustavo Petro denunciou a redução estranha da segurança do senador e pré-candidato da oposição, Miguel Uribe, antes de ele ser baleado em Bogotá.

No evento de campanha, ocorrido no sábado, Uribe foi atingido por três tiros e sua situação é considerada de máxima gravidade após cirurgia.

Petro afirmou que o esquema de segurança do senador passou de sete para três pessoas no dia do ataque, supostamente cometido por um matador de aluguel de apenas 15 anos.

A Unidade Nacional de Proteção (UNP) é responsável pela segurança de políticos na Colômbia. O diretor da UNP, Augusto Rodríguez, informou que Uribe era protegido por três funcionários e quatro policiais, mas que muitos estavam descansando após um dia longo.

Um advogado de Uribe apresentará uma denúncia penal contra Rodríguez, pois mais de 20 pedidos de reforço de segurança não foram atendidos. A procuradora-geral Luz Adriana Camargo defendeu que Uribe tinha um esquema 'robusto' de segurança e não denunciou ameaças de morte.

Um adolescente de 15 anos foi detido como suspeito do atentado. Ele pode enfrentar até oito anos de reclusão. O menor, que já havia sido operado antes da detenção, é considerado de personalidade conflituosa segundo Petro.

A pistola Glock usada no ataque foi comprada legalmente no Arizona, EUA, e sua entrada na Colômbia está sob investigação.

O ministro da Defesa, Pedro Sánchez, afirmou que o ataque pode ter sido uma tentativa de desestabilizar o governo de Petro ou uma mensagem contra o partido Centro Democrático, liderado por Álvaro Uribe.

António Guterres, secretário-geral da ONU, considerou o ato deplorável e pediu um inquérito rigoroso.

O atentado aumenta a tensão política na corrida presidencial, com as eleições programadas para 31 de maio de 2026 e um possível segundo turno em 21 de junho.

O Estado planeja reforçar a segurança de pelo menos 30 pré-candidatos.

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