Pessimismo ficou? Disparada em Wall Street teve baixa liquidez e corrida de vendidos
Movimentos recentes em Wall Street são impulsionados por cobertura de posições vendidas e baixa liquidez. Apesar da alta significativa do S&P 500, a incerteza continua elevada devido a riscos comerciais e de tarifas.
Disparada de Wall Street ocorreu sem convocação real do mercado, impulsionada por cobertura de posições vendidas e liquidez baixa, apesar de volumes de negociação elevados.
Investidores encerraram posições vendidas após alívio tarifário do presidente Donald Trump no dia 9. A liquidez no S&P 500 atingiu mínimas históricas, agravando os movimentos.
O S&P 500 subiu 9,5%, a maior alta diária desde outubro de 2008. No entanto, os contratos futuros caíam 2,1% às 6h (horário de Brasília).
Analistas do JPMorgan alertam sobre a baixa visibilidade para os investidores e os riscos de nova escalada na guerra comercial entre EUA e China.
Cerca de 30 bilhões de ações foram negociadas nas bolsas americanas na quarta — o maior volume em quase 17 anos. Hedge funds apostaram contra produtos macro, enquanto a cesta do Goldman Sachs com papéis mais vendidos disparou 12%.
Gestores de ativos compraram mais de US$ 13 bilhões, especialmente em tecnologia e setores cíclicos, após movimentos de cobertura de shorts.
Embora o pior cenário de guerra comercial tenha sido evitado, o mercado permanece volátil. A liquidez fraca pode gerar movimentos extremos, guiados por notícias comerciais.
Bill Adams, economista-chefe do Comerica Bank, destaca que a recuperação reflete cobertura de posições vendidas e otimismo em tarifas mais baixas, mas há alta incerteza regulatória.
Economistas do Goldman Sachs mudaram sua projeção de recessão, mas o cenário empresarial é preocupante. Indicadores de lucros já mostram quedas.
O nervosismo se espalha pelos mercados: o dólar perde força e os Treasuries enfrentam distorções, sinalizando possíveis intervenções do Federal Reserve.