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Pesquisa mostra que crença evangélica é a religião das periferias, diz especialista

Pesquisa do IBGE revela que 61,1% dos evangélicos no Brasil se declaram pretos ou pardos, destacando a presença significativa da religião nas periferias. Antropólogo Juliano Spyer enfatiza a importância da igreja como espaço de solidariedade e vínculos sociais para essas comunidades.

Antropólogo Juliano Spyer destaca a predominância da religião evangélica nas periferias do Brasil, conforme os dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE.

61,1% dos 47,4 milhões de evangélicos se declararam pretos ou pardos. Desses, 12% são pretos (5,7 milhões) e 49,1% pardos (23,3 milhões). A participação de pretos e pardos entre os evangélicos é maior que entre católicos (9,3% e 44%).

Spyer explica que as igrejas oferecem vínculos sociais e solidariedade a pessoas empobrecidas nas periferias. O crescimento do cristianismo evangélico está ligado à migração massiva para as cidades no século XX.

O especialista expressa frustração pela falta de dados desagregados por denominação no Censo de 2022, limitando análises sociais importantes. O campo evangélico tem se fragmentado, com crescimento de igrejas pentecostais e de bairro, evidenciando sua diversidade.

Em 2010, 60% dos evangélicos eram pentecostais. As principais denominações eram a Assembleia de Deus (29,1%) e a Congregação Cristã (5,4%).

Spyer também notou a queda no ritmo de crescimento da população evangélica, de 21,7% em 2010 para 26,9% em 2022. A proporção de católicos caiu de 65% para 56,7% no mesmo período.

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