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Pesquisa em queda e cortes: por que universidades brasileiras recuam no ranking mundial

Queda nas posições das universidades brasileiras destaca a consequência de cortes de financiamento na pesquisa. A Universidade de São Paulo continua sendo a melhor do país, mas enfrenta pressão crescente de instituições chinesas e globais.

Queda no desempenho das universidades brasileiras afeta 87% das instituições, segundo o Center for World University Rankings (CWUR).

O levantamento incluiu 53 universidades brasileiras entre as 2.000 melhores do mundo, das quais 46 pioraram em relação ao ano anterior.

A Universidade de São Paulo (USP) é a melhor da América Latina, mas caiu para o 118º lugar. A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) teve o maior avanço, subindo 70 posições para 331º. A Universidade Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) saiu do ranking.

Segundo Renato Janine Ribeiro, ex-ministro da Educação, a queda é consequência da redução de investimentos, especialmente durante o governo Bolsonaro. A pandemia e o histórico de baixos orçamentos no CNPq também contribuíram.

Recentes contingenciamentos geraram preocupações sobre cortes de serviços essenciais nas universidades. Embora o governo tenha anunciado recomposição, os valores ainda estão abaixo das necessidades.

A competição global é crescente, com 346 instituições chinesas no ranking de 2025, superando as 319 americanas. Harvard continua liderando, mas outras nações perdem espaço.

Nadim Mahassen, presidente do CWUR, destaca que, sem financiamento e planejamento estratégico, o Brasil corre o risco de ser deixado para trás no cenário acadêmico internacional.

O ranking é baseado em quatro fatores: pesquisa, distinções acadêmicas, empregabilidade e prestígio do corpo docente, com a produção científica pesando 40% da nota.

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