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Peso tomba 9% e títulos do Tesouro sobem com força após fim de controles cambiais na Argentina

Argentina suspende controles cambiais e recebe US$ 20 bilhões do FMI, provocando queda acentuada do peso. Títulos soberanos sobem e reformas econômicas geram otimismo entre investidores.

Desvalorização do peso argentino e alta dos títulos soberanos marcam mudanças econômicas no país.

Após o acordo com o FMI de US$ 20 bilhões, o peso caiu cerca de 9%, cotado a 1.170 por dólar. Os títulos soberanos avançaram até 3,5 centavos por dólar, superando outros mercados emergentes.

As ações de empresas argentinas, como a YPF SA, tiveram alta superior a 11% nas negociações pré-mercado.

O ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou que o país receberá US$ 15 bilhões do FMI neste ano, sendo US$ 12 bilhões a caminho nesta terça.

Caputo também informou que a moeda será negociada em uma faixa de 1.000 a 1.400 pesos por dólar, suspendendo a maioria dos controles cambiais.

Gestores de fundos defendem a eliminação dos controles para ajudar na acumulação de reservas e sustentação do peso. A medida surpreendeu muitos, que não esperavam mudanças antes das eleições de meio de mandato.

Carlos Carranza, da Allianz Global Investors, destacou que o acordo remove incertezas para investidores, com desembolsos superiores ao esperado.

A visita do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, a Buenos Aires, também é observada de perto, com encontros agendados com o presidente Javier Milei.

Outra mudança importante é a eliminação do dólar blend, permitindo que todos os dólares de exportações sejam liquidados no mercado oficial.

Empresas poderão transferir parte dos dedos deste ano para o exterior, enquanto os acumulados de anos anteriores levarão mais tempo para serem liberados.

Graham Stock, da RBC Bluebay, declarou que a transição para um regime cambial mais sustentável é um grande passo para as políticas econômicas da Argentina.

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