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Peso argentino recua de forma acentuada após flexibilização de controle cambial

Peso argentino despenca 17% após novas medidas cambiais e acordo com o FMI. Mercado financeiro reage positivamente com recuperação dos títulos e expectativas de estabilidade econômica.

Buenos Aires (Reuters) – O peso argentino caiu aproximadamente 17% nesta segunda-feira, enquanto os títulos avançaram, após o país fechar um programa de empréstimo de US$ 20 bilhões com o Fundo Monetário Internacional (FMI) e remover controles cambiais e de capital.

A desvalorização seguia a decisão do banco central de abandonar o “crawling peg” e estabelecer uma nova faixa de negociação entre 1.000 e 1.400 pesos por dólar.

A moeda fechou a 1.074 por dólar na sexta-feira, enquanto taxas paralelas chegaram a 1.350 por dólar. Já os títulos internacionais se recuperaram, com alguns vencimentos subindo mais de 4 centavos de dólar.

O apoio do FMI é considerado um estímulo à confiança, e a remoção dos controles pode impulsionar o investimento. Goldman Sachs comentou que a nova taxa de câmbio flutuante “superou nossas expectativas”.

O acordo com o FMI liberará US$ 12 bilhões inicialmente, com mais US$ 3 bilhões até o final do ano. A Argentina busca revitalizar suas reservas de moeda estrangeira esgotadas.

Com o presidente Javier Milei, que assumiu no final de 2023, o país implementou políticas de austeridade e disciplina fiscal para lidar com uma crise econômica.

O acordo inclui compromissos de déficit zero e estímulos a novos investimentos em energia e exportação de grãos.

O JP Morgan prevê que a queda do peso poderá ser moderada pela demanda de exportadores por pesos, com a diferença cambial reduzindo para cerca de 5%.

“Os avanços na política são um progresso significativo, desbloqueando um potencial sufocado por décadas”, comentou o banco.

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