Perspectivas para exportação melhoram após alívio com gripe aviária, mas ações caem
Gripe aviária é descartada em granjas de SC, mas ações de exportadoras enfrentam queda. Analistas veem potencial para recuperação do setor, dependendo da resposta dos mercados externos e da evolução do vazio sanitário.
Ministério da Agricultura descartou gripe aviária de alta patogenicidade em granja de Santa Catarina, 2º maior produtor de carne de frango do Brasil.
Apesar da notícia, as ações das principais exportadoras de proteína caíram nesta segunda-feira (26):
- JBS (JBSS3): -4,10%
- Minerva (BEEF3): -3,10%
- BRF (BRFS3): -1,68%
- Marfrig (MRFG3): +0,72%
Outro caso suspeito em Tocantins também teve resultado negativo. Isso impulsiona o setor em meio a esforços para reverter embargos de 23 países, incluindo China e Coreia do Sul.
Analistas do Bradesco BBI veem as conclusões do Mapa como um passo importante para normalizar exportações. A expectativa recai sobre o vazio sanitário de 28 dias em Montenegro, onde foi registrado o único caso confirmado.
Se não houver novos registros até o fim do prazo, Brasil poderá ser considerado livre da doença. As suspensões atuais representam 43% das exportações de carne de frango brasileiras.
A Coreia do Sul sinalizou regionalização das restrições, o que pode favorecer outras importações. A diversificação das proibições permite que frigoríficos mantenham algumas exportações.
Regiões produtoras, como Paraná (43%) e Santa Catarina (21%), estão fora da investigação atual, segundo o Mapa.
O Bradesco BBI recomenda ações da JBS, destacando a flexibilidade e competitividade da empresa. O setor agora aguarda retorno dos países compradores a atualizações do governo brasileiro.
Se novos casos forem evitados, o comércio internacional da proteína pode se aquecer nas próximas semanas.