Pequenas empresas dos EUA doam para paradas LGBTQ+ após grandes corporações recuarem
Pequenas empresas de San Francisco se mobilizam para salvar a Parada do Orgulho após cortes de grandes patrocinadores. A padaria Hot Cookie é um exemplo de como o apoio local pode ajudar a manter o evento vital e econômico.
Ryan Jones, proprietário da padaria Hot Cookie em San Francisco, lançou um apelo a comerciantes locais em maio para apoiar a Parada do Orgulho, que enfrenta uma queda de patrocínios de grandes empresas, resultando em um déficit de mais de US$ 1 milhão.
Jones decidiu doar 5% das vendas de seus cookies para ajudar a Parada, que ocorrerá de 28 a 29 de junho. Ele busca mobilizar outros comerciantes para fazer o mesmo.
Nos EUA, eventos do Orgulho enfrentam dificuldades financeiras, com empresas cortando patrocínios, refletindo um retrocesso nas iniciativas de diversidade. Pequenos negócios estão contribuindo para compensar essa perda, acreditando que é vital para as economias locais.
A Parada de San Francisco gerou US$ 350 milhões em impacto econômico em 2015. Hot Cookie viu suas vendas subir 30% durante o evento do ano passado.
Na Parada do Orgulho de Twin Cities, houve uma diminuição de US$ 690 mil em financiamento corporativo este ano. Pequenas empresas doaram US$ 93 mil, superando os US$ 25 mil do ano anterior, quase cobrindo a lacuna financeira.
Becky McNattin, proprietária de uma clínica de saúde mental, doou US$ 10 mil após notar a ansiedade entre seus pacientes LGBTQ+ devido a políticas do governo. Ela destaca a visibilidade que sua clínica ganhou durante o festival.
Historicamente, paradas do Orgulho dependeram de doações de pequenas empresas e indivíduos. Recentemente, o foco nas pequenas empresas pode ser um retorno às raízes dos festivais.
A 4 Hands Brewing Co. também está apoiando a Parada, doando US$ 1 por caixa de cerveja vendida. Liz Swyers, diretora de marketing, destaca o compromisso de sua empresa com causas justas.
Eve Keller, presidente da Associação de Orgulho dos EUA, vê essa crise de financiamento como uma oportunidade para construir relações mais sólidas com negócios locais. No entanto, sem grandes patrocinadores, a sustentabilidade financeira das paradas pode ser um desafio.
A Parada de São Francisco, com um déficit de US$ 180 mil, destaca a importância do suporte de grandes corporações. Suzanne Ford, diretora executiva, prefere buscar patrocínios corporativos do que retornar a protestos, enfatizando o valor econômico do evento.