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Peña diz que espionagem do Brasil ‘reabre velhas feridas’ da Guerra do Paraguai

Presidente paraguaio critica espionagem da Abin e pede explicações ao Brasil. Pena classifica a situação como um retrocesso nas relações diplomáticas entre os dois países.

Presidente paraguaio, Santiago Peña, afirmou que a espionagem da Abin contra autoridades paraguaias "reabre velhas feridas" da guerra do Paraguai (1864-1870).

No conflito, o Paraguai sofreu enormes baixas, com metade da população dizimada e a cidade, invadida e saqueada pelo Exército brasileiro.

Peña chamou a espionagem de "notícia desagradável" e expressou preocupação com as operações de inteligência do Brasil, solicitando explicações detalhadas e iniciando uma investigação interna.

O presidente sublinhou que o problema vai além de sua relação com Lula, ressaltando a necessidade de um relacionamento amigável entre os países e criticando a situação atual.

A espionagem, que envolvia negociações sobre a Itaipu Binacional, foi confirmada pelo governo brasileiro, que alegou ter ocorrido entre junho de 2022 e março de 2023, sob o ex-presidente Bolsonaro.

O Itamaraty lamentou a operação e afirmou que as instituições estão investigando o vazamento de informações à imprensa, enfatizando que não era intenção espionar um país amigo.

Peña suspendeu as negociações do Anexo C do Tratado de Itaipu e indicou que a relação entre Brasil e Paraguai passa por dificuldades, seguindo um caso diplomático recente relacionado à candidatura do chanceler paraguaio na OEA.

Em resumo:

  • Peña critica espionagem da Abin como reabertura de feridas históricas.
  • Menciona grandes baixas na guerra do Paraguai e consequências.
  • Solicita esclarecimentos e inicia investigação interna.
  • Itamaraty reconhece operação sob governo Bolsonaro e lamenta o incidente.
  • Suspensão das negociações sobre Itaipu após crise diplomática.
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