Peles estão de volta à moda — e mais polêmicas do que nunca

Pele volta à moda: As passarelas outono/inverno 2025-2026 de marcas como Tory Burch, Simone Rocha, Fendi e Miu Miu destacaram o retorno da pele, com celebridades como Hailey Bieber, Kendall e Kylie Jenner, Taylor Swift e Rihanna usando casacos de pele falsa.

Após o banimento da Gucci em 2017, a pele foi substituída por alternativas sintéticas, mas a tendência estético "Mob Wife" trouxe a pele de volta ao foco, segundo Natascha Radclyffe-Thomas, professora de negócios de moda.

O mercado de peles falsas evoluiu significativamente, dificultando a diferenciação entre pele verdadeira e falsa. O poliéster é o material mais utilizado, representando 57% da produção global. Muitas roupas feitas de poliéster reciclado ainda causam problemas ambientais.

As roupas de aluguel, como na empresa By Rotation, mostram um aumento na demanda por peles de alta qualidade. O mercado de segunda mão deve atingir $367 bilhões até 2029.

A mudança nas preferências dos consumidores, especialmente da Geração Z, tem impulsionado o interesse em peles vintage, com um aumento nas vendas reportadas pela Madison Avenue Furs.

Defensores dos animais criticam a aceitação de pele vintage, enquanto novas alternativas, como a Savian, made de materiais vegetais, estão sendo desenvolvidas por empresas como a BioFluff.

A LVMH, por sua vez, apoia tanto o uso de peles verdadeiras quanto a certificação de peles através da Federação Internacional de Pele.

Estudos apontam que a produção de peles sintéticas pode ter um impacto ambiental maior do que as peles verdadeiras, e a decisão sobre a compra de peles deve ser deixada aos consumidores.

Autora: Ana Santi, especialista em questões ambientais e de moda.