Pela 1ª vez, professora é demitida na Flórida por usar nome social de estudante
Professora é demitida por usar nome social de aluno, em ação que reflete a controversa lei da Flórida. A medida gera protestos e reforça a discussão sobre direitos LGBTQIA+ nas escolas.
Professora na Flórida é demitida por usar nome social de estudante sem permissão dos pais, conforme a lei "don't say gay", aprovada em 2022 pelo governador Ron DeSantis.
A lei proíbe discussões sobre identidade de gênero e orientação sexual nas escolas e exige o uso do nome na certidão de nascimento, salvo autorização dos responsáveis.
A professora Melissa Calhoun, da escola de Satellite Beach, foi desligada após um pai denunciar que ela se referia a um aluno por seu nome preferido.
A porta-voz do distrito escolar, Janet Murnaghan, destacou que a conduta de Calhoun viola a lei estadual e reiterou a prioridade das decisões dos pais. Após sua demissão, ocorreram protestos de estudantes em apoio à professora.
O Departamento de Educação da Flórida afirmou que as decisões sobre o nome de um estudante devem ser dos pais e está considerando cassação de licença de Calhoun.
Mais de 26 mil assinaturas foram coletadas em uma petição para a recontratação da professora, que é vista como um símbolo de respeito e apoio à individualidade.
Além disso, a lei já levou a outros casos de repressão, como investigações de professores por conteúdo considerado inadequado. Na esfera federal, o governo de Donald Trump também toma medidas contra estudantes trans em competições esportivas.
A governadora do Maine, Janet Mills, defende leis estaduais que proíbem discriminação de gênero, enquanto o Departamento de Educação federal ameaça cortar financiamento às escolas do estado.
A tensão crescente sobre o tratamento de estudantes trans e LGBTQIA+ nas escolas desencadeia um debate acirrado em vários estados americanos.