Pedro Lucas Fernandes rejeita ministério de Lula após racha no União Brasil

Pedro Lucas Fernandes, líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, rejeitou o convite do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para assumir o ministério das Comunicações.

A decisão ocorreu após uma reunião com o presidente do partido, Antônio Rueda, e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre. A instabilidade interna do partido e a dúvida sobre a proximidade com o governo pesaram na escolha.

Pedro Lucas justificou sua recusa em nota: “Posso contribuir mais com o País na função que exerço na Câmara dos Deputados.”

Pessoas do governo consideraram a recusa como desrespeitosa, levando a uma possível reavaliação do espaço do União Brasil no governo. O partido havia indicado Pedro Lucas como ministro após a renúncia do ex-ministro Juscelino Filho, acusado de corrupção.

No Palácio do Planalto, Lula elogiou Pedro Lucas e pediu apoio do União no Congresso. Contudo, cerca de 25 deputados da bancada eram contrários à sua ida para o ministério. O ex-ministro Juscelino Filho era o favorito para a função, com o apoio de Alcolumbre.

A relação do partido com o governo é complexa, especialmente após ter sido o partido do Centrão que mais apoiou o projeto de anistia aos presos do 8 de Janeiro. A saída de Pedro Lucas poderia gerar tensões internas e uma nova guerra pela sucessão.

Pedro Lucas também expressou sua gratidão pelo convite de Lula, ressaltando sua determinação em dialogar e trabalhar pelo bem-estar dos brasileiros, especialmente os mais necessitados.

Assim, a recusa de Pedro Lucas pode impactar a interação política entre o União Brasil e o governo nos próximos meses.