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Pedidos de refúgio crescem 16,3% em 2024, com alta de cubanos

Cidadãos venezuelanos lideram as solicitações, seguidos por cubanos, que registraram um aumento expressivo em relação ao ano anterior. O relatório destaca a abertura do Brasil para receber refugiados de diversas nacionalidades e a complexidade das motivações por trás dessa demanda.

Crescimento de Pedidos de Refúgio no Brasil

O número de pedidos de refúgio no Brasil aumentou 16,3% em 2024, totalizando 68.159 solicitações, comparado a 58.628 em 2023. O aumento foi principalmente devido a cidadãos cubanos.

Os principais dados do relatório nacional Refúgio em Números do Ministério da Justiça incluem:

  • Venezuelanos: 27.150 pedidos.
  • Cubanos: 22.288 pedidos, um aumento de 84,2% em relação a 2023.
  • Angolanos: 3.421 pedidos.

Os homens representaram 59,1% e as mulheres 40,9% dos solicitantes.

Leonardo Cavalcanti, do projeto OBMigra, destacou que o Brasil reconheceu a Venezuela como um país com graves violações de direitos humanos, o que facilita o processo de asilo.

Entre 2015 e 2024, o Brasil recebeu 454.165 pedidos de refúgio, com 82,6% provenientes de venezuelanos, cubanos, haitianos, e angolanos. O país registrou solicitações de pessoas de 175 países.

Atualmente, são 156.612 pessoas reconhecidas como refugiadas, um crescimento de 9,5% em relação a 2023. Em 2024, 13.632 pessoas receberam esse status, a maioria da Venezuela (93,1%).

Ao solicitar refúgio no Brasil, a pessoa já recebe autorização para residência e trabalho antes do julgamento, uma característica diferenciada em relação a outros países.

Um relatório do Acnur indicou que o número de pessoas forçadas a deixar suas casas por guerras e perseguições chegou a 122 milhões, o maior nível em uma década.

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