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Pedido de divulgação de documentos do caso Epstein deve decepcionar, dizem ex-promotores

Ex-promotores avaliam que solicitação do governo pode não trazer novas informações sobre Epstein e Maxwell. A transparência prometida pela administração é vista como uma tentativa de conter críticas e não como um movimento significativo no caso.

Departamento de Justiça dos EUA solicita o desbloqueio das transcrições do grande júri no caso Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell, mas especialistas não acreditam que trará novas revelações.

A advogada Sarah Krissoff descreveu o pedido como “uma distração”, afirmando que o presidente busca parecer ativo sem realmente apresentar novidades.

O pedido foi feito no dia 18 de agosto pelo procurador-geral adjunto Todd Blanche, que defende a importância da transparência com o público.

A pressão surgiu após a decisão de não divulgar novos documentos relacionados ao caso Epstein. O financista, que se suicidou em agosto de 2019, e Ghislaine, condenada a 20 anos de prisão por tráfico sexual, permanecem em foco.

Os ex-promotores Sarah Krissoff e Joshua Naftalis afirmam que as transcrições do grande júri são brevíssimas e não revelam informações completas das investigações, estimando que as transcrições terão de 60 a 300 páginas.

As testemunhas no grande júri são, em geral, agentes federais que resumem seus depoimentos, o que limita a quantidade de informação apresentada. O processo em Manhattan é caracterizado por sua restrição.

Decisão dos juízes sobre o pedido pode demorar semanas ou meses, especialmente devido à sensibilidade do caso, que envolve vítimas menores de idade.

A interferência do Departamento de Justiça foi considerada inédita e resultou em preocupações sobre a independência do escritório federal de Manhattan, historicamente visto como o “Distrito Soberano de Nova York”.

O ex-promotor Mitchell Epner comentou sobre a influência de Trump no caso e as repercussões para os promotores que resistirem a pressões políticas.

De acordo com Sarah, este é um clima “estranho”, afetando as operações do Departamento de Justiça e a segurança dos promotores.

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