Pecuaristas de Mato Grosso apostam em passaporte verde para atrair mercado externo
Pecuaristas de Mato Grosso investem no projeto "passaporte verde" para garantir a rastreabilidade e a sustentabilidade da carne bovina. Com foco em mercados internacionais, a iniciativa busca atender a novas demandas por produtos de alta qualidade e responsabilidade ambiental.
Pecuaristas de Mato Grosso iniciam projeto de três anos denominado passaporte verde, visando melhorar a sustentabilidade e a rastreabilidade da carne bovina do estado.
O objetivo é certificar que a carne mato-grossense, de um rebanho de 33,6 milhões de cabeças, siga rigorosos critérios ambientais, incluindo:
- Fim do desmatamento ilegal
- Redução de emissões de gases
- Valorização da biodiversidade
- Inclusão de pequenos pecuaristas
Desenvolvido pelo Imac, o projeto surge em um contexto onde o Brasil é reconhecido como país livre de febre aftosa sem vacinação.
Discutido no lançamento do Congresso Mundial da Carne, que ocorrerá em outubro em Cuiabá, o passaporte verde será enviado à Assembleia Legislativa. As conversas envolvem pecuaristas, indústrias e o governo.
"Criamos um grande programa... Temos qualidade e preços competitivos", explica Caio Penido, presidente do Imac. O projeto foi apresentado na COP 27 e em uma feira de alimentos na China.
No ano passado, o Brasil exportou 2,89 milhões de toneladas de carne bovina, resultando em US$ 12,8 bilhões, com a China como principal destino.
O secretário do Desenvolvimento Econômico, César Miranda, destaca que o passaporte pode ajudar a legalizar pecuaristas com problemas ambientais.
O congresso, que reunirá 500 pessoas de diversos países, será uma oportunidade para demonstrar o compromisso do Brasil com a produção sustentável e as demandas internacionais.
Penido pretende apresentar o passaporte verde na COP 30, dependendo das condições de hospedagem em Belém.
"O mundo estará olhando para o Brasil", conclui Penido, antecipando uma miniCOP do agro no congresso.