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PEC do fim da reeleição impede que Lula se candidate de novo? Entenda a proposta

Comissão do Senado avança na extinção da reeleição e propõe mandatos mais longos. A proposta ainda precisa passar pelo plenário e pela Câmara para ser implementada.

CCJ do Senado aprova PEC que extingue a reeleição para presidente, governadores e prefeitos a partir de 2030.

O texto também propõe a ampliação dos mandatos para cinco anos e a unificação do calendário eleitoral.

A proposta ainda precisa ser aprovada no plenário do Senado e na Câmara dos Deputados. Portanto, o pleito de 2026 não será afetado, permitindo que Lula dispute a reeleição.

Se aprovada, a PEC estabelece que:

  • Prefeitos em 2028, governadores e presidente em 2030 não poderão se reeleger.
  • Vereadores, deputados e senadores mantêm a possibilidade de reeleição.
  • Mandatos do Executivo: 4 anos em 2026 e 2030; 5 anos a partir de 2034.
  • Senadores: 8 anos em 2026; 9 anos em 2030; 10 anos a partir de 2034.

A unificação das eleições a cada cinco anos visa reduzir custos eleitorais e o desgaste político contínuo.

Argumentos a favor:

  • Mandatos únicos e longos incentivam ações estruturantes.
  • Reduz o uso da máquina pública em campanhas.
  • Minimiza o desequilíbrio entre candidatos à reeleição e desafiantes.

Críticas incluem:

  • Risco de descontinuidade em políticas públicas.
  • Menor incentivo para resultados de longo prazo.
  • Possibilidade de gestões personalistas ou autoritárias.

O sucesso da proposta depende de sua implementação e de reformas políticas complementares.

A reeleição se tornou comum: em 2024, 2.461 prefeitos foram reeleitos. Desde 1998, todos os presidentes, exceto Jair Bolsonaro, foram reeleitos.

Se aprovada, a PEC poderá redesenhar o cenário político nos próximos anos.

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