Pausa em tarifa afasta temor de recessão global, mas guerra dos EUA com a China ainda preocupa

Pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas dos EUA, programada para começar em 9 de outubro, trouxe alívio às Bolsas americanas e reduziu o temor de recessão em Wall Street. Contudo, a tensão comercial com a China, excluída da trégua, continua a preocupar investidores.

O presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou a pausa após pressões, excluindo Canadá e China. Durante esses 90 dias, uma taxa mínima de 10% será mantida. Para a China, a tarifa subirá de 104% para 125%.

As Bolsas fecharam com fortes ganhos, e o Nasdaq teve a maior alta desde janeiro de 2001. O Goldman Sachs revisou suas previsões, agora sem recessão prevista como cenário-base, embora a probabilidade de um colapso nos próximos 12 meses seja de 45%.

O Santander considerou que a pausa atenuou o impacto negativo das tarifas, passando de “calamitoso” para “apenas dramático”. No entanto, ainda não vê os EUA fora de perigo.

A incerteza permanece em relação à China. O investidor Bill Ackman sugeriu que o governo chinês negocie para evitar piores consequências. Ele alertou: “Tique-taque”, enfatizando a urgência das negociações.

Segundo a Wedbush, a China é o “fator curinga”, e os danos à economia já são reais. A economia dos EUA depende de como essa situação evoluirá.

O mercado de títulos do Tesouro americano teve reação mista, caindo sob pressão anteriormente, mas com a trégua houve uma leve recuperação.

O secretário do Tesouro, Scott Bessent, afirmou que a mudança nas tarifas não foi uma resposta ao mercado, mas resultado de contatos com mais de 75 países buscando negociar.

Trump celebrou os resultados positivos do mercado e pode haver continuidade nas boas notícias no mercado de ações.