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Paul Krugman diz que tarifas de Trump estão “matando a economia” dos EUA: “É insano”

Krugman denuncia os efeitos devastadores das tarifas de Trump na economia americana e sua política de isolamento. O economista alerta para a incerteza que paralisa o investimento e critica a queda das relações com aliados internacionais.

Paul Krugman, vencedor do Prêmio Nobel de Economia, criticou a política econômica do presidente Donald Trump durante entrevista ao jornalista Mehdi Hasan, na plataforma Substack.

Krugman afirmou que os EUA enfrentam um momento inédito: “Essa é a primeira vez em que um presidente causa uma economia terrível”. Ele destacou que as tarifas de importação de Trump são o principal alvo de suas críticas, ressaltando que o clima de incerteza que estas criam é mais prejudicial que os efeitos imediatos.

“Os negócios estão paralisados. Ninguém sabe se deve investir”, alertou, propondo que “seria melhor se Trump decidisse por tarifas desastrosas definitivas”. Para ele, essa incerteza é insana.

Krugman comparou a situação dos EUA a regimes isolacionistas, dizendo que estamos nos “sancionando como se fôssemos a Coreia do Norte”. Ele ressaltou a dependência dos EUA de cadeias globais de suprimento, especialmente nos setores de semicondutores e minerais estratégicos, e que a reestruturação da economia levaria mais de uma década.

O economista também alertou sobre o impacto geopolítico da postura de Trump, com aliados históricos se distanciando: “Líderes do Reino Unido e Canadá estão pensando em como agir sem os EUA”.

Krugman refutou o argumento de que as tarifas protegeriam trabalhadores americanos, afirmando que atingem desproporcionalmente os mais pobres, caracterizando-se como um imposto regressivo. Além disso, criticou o discurso nostálgico sobre a reindustrialização, ressaltando que mesmo com a eliminação do déficit comercial, o emprego no setor manufatureiro subiria apenas de 10% para 12,5%.

Na visão de Krugman, o protecionismo de Trump é uma questão pessoal: “Ele quer provar que tinha razão, não importa o custo”. Ele criticou também a lealdade cega de sua equipe econômica e aliados, afirmando que isso prejudica a inteligência e a reputação no ambiente atual.

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