Partidos com ministérios no governo fecham posição contra medidas de Haddad para elevar impostos
Partidos anunciam unidade contra proposta do governo Lula que eleva impostos. O fechamento de questão visa mobilizar apoio contra a medida provisória em discussão no Congresso.
Partidos PP e União Brasil, com quatro ministérios no governo, devem anunciar hoje, 11 de outubro, a posição contra aumento de impostos e a medida provisória (MP) do governo Lula (PT) para elevar a arrecadação, substituindo a alta do IOF.
O fechamento de questão é um mecanismo que força as bancadas a votarem unidas. Juntos, PP e União Brasil somam 109 deputados federais e 14 senadores.
O União Brasil, presidido por Davi Alcolumbre, um aliado de Lula, e outras siglas como PL e Novo, representam um terço do Congresso. O posicionamento contra a MP pode dificultar sua aprovação e incentivar outros partidos da base aliada a se oporem.
Os presidentes do PP e União Brasil anunciarão posição em entrevista à imprensa, abordando medidas debatidas entre Lula e parlamentares, incluindo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O governo planeja editar uma MP que altere a tributação de instituições financeiras, aumente a taxação sobre apostas, e implemente um Imposto de Renda de 5% sobre títulos isentos, como LCIs e LCAs, visando aumentar a arrecadação até 2025.
A finalidade é zerar o déficit primário sem novos cortes de gastos. Até agora, o governo já bloqueou R$ 30 bilhões do Orçamento atual. Contudo, críticas surgem pela falta de medidas de corte de gastos e pela ênfase apenas no aumento da arrecadação.
Não houve consenso na reunião de domingo sobre iniciativas de redução de despesas, incluindo mudanças nos repasses da União para o Fundeb.