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Participar de reunião sobre “golpe” foi acidente, diz defesa de militar

Defesa de Nilton Diniz alegou que sua participação em reunião relacionada ao golpismo foi involuntária e sem conhecimento do conteúdo. STF rejeitou denúncia contra Diniz e outro coronel, enquanto 10 integrantes do núcleo 3 respondem por crimes.

A defesa do general do Exército Nilton Diniz afirmou que sua presença em reunião do núcleo 3 da denúncia da PGR foi acidental. Ele esteve fora do Brasil por meses e foi chamado ao encontro sem conhecer o teor.

A 1ª Turma do STF rejeitou a denúncia contra Diniz e Cleverson Magalhães, que não foram incluídos na ação penal contra outros 10 integrantes do núcleo (9 militares e 1 agente da Polícia Federal). O STF concluiu que não há indícios fortes que comprovem a participação deles na tentativa de golpe de Estado.

O advogado de Diniz, Cleber Lopes de Oliveira, destacou que a defesa identificou fragilidades na denúncia. Ele reiterou que a presença do general na reunião foi casual.

O advogado de Cleverson Magalhães, Luiz Mário Félix de Moraes Guerra, disse que a decisão foi recebida com alívio, defendendo a separação de pessoas inocentes.

Com a decisão, os outros 10 réus se tornaram réus por unanimidade e respondem por crimes que, se condenados, podem resultar em até 36 anos de prisão.

O grupo é acusado de formar uma organização criminosa para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro no poder, articulando “ações coercitivas” contra autoridades. A lista de alvos incluía ministros do STF e o presidente do Senado.

Os réus também teriam participado da elaboração de uma Carta ao Comandante do Exército, buscando ampliar as adesões ao golpe, e discutido a possibilidade de fraudes eleitorais através de mensagens encontradas.

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