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Parlamentares preparam viagem aos EUA para discutir redução de tarifa sobre o Brasil

Comitiva de parlamentares brasileiros busca diálogo com EUA para reduzir tarifas sobre produtos nacionais. Senador Nelsinho Trad enfatiza a importância da diplomacia e diversificação de mercados.

Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, está organizando uma comitiva de parlamentares brasileiros para os EUA. O objetivo é auxiliar na negociação da redução das tarifas de 10% sobre importações de produtos brasileiros, impostas pelo governo Donald Trump.

A iniciativa surgiu de um pedido do encarregado de negócios da embaixada dos EUA em Brasília, Gabriel Escobar. Em entrevista ao Poder360, Trad afirmou que “seria muito interessante” criar essa comissão para dialogar com parlamentares norte-americanos e reverter a situação atual.

Trad já discutiu a proposta com o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin (PSB), que lidera as negociações com Washington. Cerca de 30 congressistas expressaram interesse, mas a comitiva será reduzida a seis membros. A data da viagem ainda será definida.

O senador ressaltou a importância da educação diplomática, afirmando que é fundamental manter relações pacíficas com os EUA. “Na política, como na vida, precisamos ter educação. O não nós já temos — vamos atrás do sim”, disse Trad.

Ele enfatizou que o Brasil deve se apoiar nas boas relações diplomáticas com os EUA e que a balança comercial é favorável aos norte-americanos. Trad questionou: “Até que ponto essa medida faz sentido?”

Apesar do foco nas relações com Washington, Trad destacou a necessidade de diversificar mercados. A Rota Bioceânica, que conectará o Brasil ao Oceano Pacífico, é uma das apostas, com conclusão prevista para 2027. “É uma grande oportunidade para ampliar nossas exportações para a Ásia”, afirmou.

Além disso, Trad vê potencial na ratificação do acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia, que está pendente. “Essa situação pode acelerar não só esse, mas outros acordos. O Brasil não vai ficar a pé nessa estrada”, concluiu.

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