Parlamentares preparam pedido de CPMI para investigar escândalo financeiro com aliados de Trump e Bolsonaro
Suspeitas de uso de informação privilegiada em operações financeiras levantam a possibilidade de uma CPMI no Congresso. Parlamentares acusam aliados de Bolsonaro de atuar como lobistas em favor de sanções contra o Brasil.
Escândalo financeiro levanta possibilidade de CPMI no Congresso
Um novo escândalo internacional pode resultar em uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) no Congresso Nacional. A origem do caso está na movimentação de R$ 6,6 bilhões na bolsa de valores brasileira, antes do anúncio das tarifas dos Estados Unidos ao Brasil.
Relatos do portal ICL Notícias indicam que os ganhos estariam associados a grupos próximos ao ex-presidente Donald Trump e ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Entre os suspeitos estão grandes instituições, como a BGC, vinculada ao Secretário de Comércio de Trump, Howard Lutnick, e o BTG Pactual.
Parlamentares do governo consideram o caso um “ataque à soberania nacional”, com indícios de articulação golpista. O deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) afirmou: “é inadmissível que aliados de Bolsonaro lucrem com a desvalorização do país”.
Farias acusa o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e seu aliado Paulo Figueiredo de lobby nos EUA para promover sanções contra o Brasil. Ambos teriam pressionado o governo Trump a fortalecer medidas que desgastam a economia brasileira.
Diante da gravidade do caso, Farias planeja uma coleta de assinaturas para instaurar a CPMI no retorno do recesso parlamentar. A comissão investigará a origem das operações financeiras e possíveis crimes como traição à pátria.
“O Congresso não pode se calar. O Brasil não é colônia de interesses estrangeiros”, declarou Farias, sinalizando um acirramento entre governo e oposição no próximo semestre legislativo.