Parcela de jovens que não estuda nem trabalha continua a cair, mas país ainda tem 8,9 milhões nessa condição, aponta IBGE
A proporção de jovens brasileiros que não estudam nem trabalham continua a cair, mas ainda representa uma preocupação, com 8,87 milhões nessa situação. A pesquisa revela também disparidades de gênero e raça entre os jovens fora do mercado de trabalho e da educação.
Queda de jovens fora da escola e do mercado de trabalho no Brasil
A participação de jovens de 15 a 29 anos que não estudam nem trabalham, no Brasil, continua a cair em 2024, registrando 18,5%, segundo a PNAD Contínua Educação 2024 do IBGE. Este índice caiu de 22,4% em 2019, com números intermediários de 20% em 2022 e 19,8% em 2023. Dados de 2020 e 2021 não estão disponíveis devido à pandemia de covid.
Atualmente, 8,87 milhões de jovens estão nessa situação, uma queda de 21,4% em relação aos 11,29 milhões de 2019.
O termo nem-nem para essa faixa etária é questionado por expert, devido à sua conotação negativa.
A melhora recente é atribuída a um mercado de trabalho aquecido, apesar da ausência de dados para os anos de maior impacto da pandemia.
A pesquisa também indica um aumento de jovens no mercado de trabalho:
- Ocupados e estudando: 14% em 2019, 15,3% em 2023, 16,4% em 2024.
- Apenas ocupados: 37,3% em 2019, 39,4% em 2023, 39,9% em 2024.
- Apenas estudando: 26,2% em 2019, 25,5% em 2023, 25,3% em 2024.
As desigualdades de gênero e etnia são evidentes:
- Mulheres 24,7% desocupadas ou fora da escola, quase o dobro dos homens (12,5%).
- Pessoas pretas ou pardas: 21,1% nessa situação, superior a 14,4% entre pessoas brancas.