Para governo, tarifaço não derruba aprovação de Lula; bancos públicos preparam socorro de R$ 50 bi
Governo Lula planeja medidas para mitigar impactos do tarifaço de Trump em indústrias e garantir a manutenção de empregos. Bancos públicos disponibilizarão linhas de crédito e novas políticas sociais serão lançadas para apoiar famílias de baixa renda.
A avaliação do governo indica que o tarifaço de 50% aos produtos brasileiros, a ser formalizado em 1º de agosto por Donald Trump, não impactará negativamente a popularidade de Luiz Inácio Lula da Silva a curto prazo.
Estados mais afetados incluem Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo, onde Lula tem maior rejeição. No entanto, os auxiliares do presidente acreditam que o risco à popularidade é reduzido, especialmente em São Paulo, seu berço político.
Esses estados são responsáveis por uma parte significativa da fabricação de produtos exportados, mas o governo não os abandonará. Linhas de crédito serão oferecidas pelos bancos públicos para ajudar empresas e manter empregos.
- O BNDES e outros bancos oferecerão linhas de crédito específicas.
- Detalhes sobre prazos e condições ainda serão definidos em reunião entre os líderes do governo.
- Apoio do BNDES em crises passadas foi destacado como um fator positivo.
A inflação pode desacelerar devido ao excedente de produção, especialmente alimentos, podendo influenciar a queda de juros pelo Banco Central até o fim de 2025.
Programas sociais estão previstos para mitigar os impactos do tarifaço:
- Programa Gás para Todos: até seis botijões por ano para 17 milhões de famílias de baixa renda.
- Programa para compra de veículos: R$ 10 bilhões para trabalhadores de aplicativos.
- Créditos para reformas: até R$ 5 mil para baixa renda e até R$ 30 mil para classe média.
O lançamento desses programas está previsto para agosto de 2023, com previsão de gastos expressivos.