Pará discute com BNDES revisão do bloco que não atraiu interessados em leilão de saneamento
Governo do Pará projeta relançar leilão do Bloco C de saneamento ainda em 2023. Mudanças na estrutura do projeto visa aumentar a atratividade e garantir acesso universal à água e esgoto no estado.
Governo do Pará articula reestruturação do Bloco C de saneamento após leilão sem interessados.
O governador Helder Barbalho afirmou que dois pontos devem ser revistos:
- A extensa área geográfica do bloco, que abrange metade do território paraense.
- O valor de outorga, considerado elevado.
Em declaração, Barbalho destacou a importância de reavaliar esses aspectos com o BNDES para relançar o leilão ainda neste ano.
Diferentemente do Bloco A, que combinou áreas de maior e menor rentabilidade, o Bloco C não foi estruturado com subsídio cruzado, limitando o interesse do mercado.
O governo defende:
- Preservação das metas de universalização do acesso à água e esgoto.
- Manutenção de 30% de tarifa social.
- Cláusulas contra aumentos abusivos nas tarifas.
Além disso, parte dos recursos de outorga será destinada a atenuar impactos tarifários sobre os usuários e compartilhada com os municípios.
Notícia recente: o governo do Pará conseguiu reverter a liminar que retirava Ananindeua do Bloco A, garantindo a participação do município no processo.
A reestruturação do Bloco C deve preservar os pilares dos demais blocos licitados, com investimentos previstos de R$ 15,2 bilhões, o maior da história do Estado em saneamento. Barbalho enfatizou o uso de recursos de outorga para evitar aumentos abusivos nas tarifas, com fiscalização rigorosa pela agência reguladora.
O modelo busca garantir prazos de universalização, estimular geração de empregos, ampliar arrecadação local e viabilizar serviços essenciais, sem comprometer a renda das famílias.