Para compensar IOF, governo poderia mirar bets e criptos, sugere Itaú
Economistas do Itaú Unibanco sugerem que o governo reduza isenções e taxações em setores como apostas esportivas para compensar a perda de arrecadação. Eles alertam que as mudanças no IOF podem levar a uma significativa queda na arrecadação projetada.
Economistas do Itaú Unibanco sugerem ao governo que, para compensar a queda na arrecadação por conta do IOF para fundos, enfoquem na redução de distorções, como a isenção de criptoativos e na taxação de apostas esportivas, semelhantes a cigarros e bebidas.
O economista-chefe Mario Mesquita enfatiza a popularidade das apostas esportivas no Brasil e propõe que a tributação nesse setor poderia gerar receita significativa.
Mesquita critica a isenção de criptoativos, afirmando: "O ideal seria não ter IOF, mas deixar criptos isentas não parece justo." O economista Pedro Schneider complementa que o foco deve ser na redução de ineficiências tributárias.
Ambos economistas comentam sobre a **arrecadação do IOF**, que pode ser reduzida de R$ 37 bilhões para R$ 21 bilhões, devido à adaptação dos contribuintes.
O Itaú projeta arrecadação de R$ 19 bilhões para 2023 e R$ 37 bilhões até 2026. As estimativas do banco, que usam uma abordagem detalhada, revelam que a maior parte da receita virá do crédito à pessoa jurídica e do câmbio.
Schneider também indica que um aumento de impostos pode levar à migração de atividades tributadas, reduzindo a arrecadação efetiva. Ele reforça que "a carga tributária é alta" e que a reação dos contribuintes deve ser considerada nos cálculos de arrecadação.