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Para cada dólar exportado, Brasil gera US$ 43 à indústria dos EUA, diz setor do café

Governo brasileiro busca negociar tarifas americanas sobre o café, acreditando que a produção nacional traz benefícios econômicos significativos. Setores afetados foram convocados para discutir estratégias e soluções antes da implementação das medidas.

Café brasileiro é destacado por sua unidade de corpo e doçura, qualidade que outros cafés não possuem, afirma o presidente do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), Márcio Ferreira.

Ferreira se manifestou após uma reunião com o governo federal na terça-feira (15) sobre o impacto das tarifas anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros, que entra em vigor em 1º de agosto.

Durante a reunião, Ferreira afirmou que “para cada dólar exportado pelo Brasil, gera 43 dólares na indústria americana”. Ele também destacou que café não é produzido nos EUA, portanto, não concorre com o agro americano.

O governo brasileiro não pretende solicitar o adiamento das tarifas, deixando claro que a estratégia será negociar diretamente com representantes do governo dos EUA.

O vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, reforçou que a ideia não é pedir a extensão do prazo, mas sim resolver a situação até o dia 31.

O governo promoveu reuniões com setores afetados, incluindo o agronegócio e a indústria, destacando o caráter urgente de produtos como café e outros perecíveis.

Empresários sugeriram que o governo atue com a Lei de Reciprocidade somente após tentativas de negociação com os EUA. A pressão interna nos EUA será utilizada como estratégia, com apoio da Câmara de Comércio Americana que se opõe às tarifas.

A carta de Trump, que comunica a tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, foi enviada ao presidente Lula no último dia 9. Trump alegou retaliação devido à ação penal contra Jair Bolsonaro no STF e o suposto déficit comercial dos EUA com o Brasil.

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