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Papável? O que diz Leonardo Steiner, o cardeal da Amazônia que vai ajudar a escolher o próximo papa

Cardeal Leonardo Steiner, primeiro representante da Amazônia no colégio cardinalício, se prepara para participar do conclave que escolherá o novo papa. Mesmo sem ser um dos favoritos, ele enfatiza a importância da voz amazônica na Igreja e nos debates emergentes sobre questões ambientais.

Cardeal arcebispo Leonardo Ulrich Steiner, do Brasil, conversou com a BBC News Brasil antes do conclave para escolher o sucessor do Papa Francisco. O religioso, de 74 anos, é um dos sete brasileiros participantes e ainda não tinha organizado sua mala para a viagem a Roma.

Steiner, que não é favorito a suceder Francisco, é o primeiro cardeal da Amazônia, indicado pelo próprio pontífice em 2022. Ele mencionou a importância de sua presença, especialmente em tempos de crise climática.

O cardeal comentou sobre a necessidade de uma discussão sobre a Amazônia e seu papel durante o conclave. Embora não se considere um "papável", ele expressou seu desejo de contribuir com os debates.

Steiner foi ordenado padre em 1978 e nomeado bispo em 2005, e acredita que a nomeação de cardeal estava ligada à importância da Amazônia. Destacou como o Papa Francisco tem enfatizado a relação com os povos indígenas e a necessidade de uma abordagem integrada em questões ambientais.

Ao discutir a percepção política do meio ambiente, Steiner afirmou que é uma questão de sobrevivência, não ideológica. Ele criticou a exploração desenfreada da Amazônia, ressaltando que o enfoque deve ser o cuidado com a Terra.

Steiner também reconheceu que o papel de um bispo na Amazônia envolve desafios sociais e ambientais. A cidade de Manaus, com 2,3 milhões de habitantes, enfrenta problemas como poluição, saneamento precário e violência crescente.

Por fim, ele enfatizou que a missão da Igreja vai além da espiritualidade, sendo fundamental a participação ativa na sociedade e nos problemas locais.

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