Papa Francisco passou o último dia trabalhando, apesar das ordens médicas
Papa Francisco manteve sua agenda até as últimas horas, mesmo após recomendação médica para descanso. A última aparição pública do pontífice foi no Domingo de Páscoa, onde ele enfatizou a necessidade de paz em Gaza e se despediu dos fiéis.
Papa Francisco passou mais de cinco semanas no hospital devido a uma pneumonia dupla. Médicos recomendaram dois meses de repouso, mas ele continuou a trabalhar até o fim.
No Domingo de Páscoa, um dia antes de sua morte aos 88 anos, fez sua primeira aparição pública desde fevereiro na Praça de São Pedro. Usando um papamóvel branco, cumprimentou uma multidão entusiasmada e teve reuniões com líderes estrangeiros, incluindo o vice-presidente dos EUA, J. D. Vance, que comentou sobre sua condição de saúde.
O primeiro-ministro croata, Andrej Plenkovic, também se encontrou com o papa, descreveram o momento como “tocado” e recheado de bênçãos. O cardeal Michael Czerny destacou que Francisco conciliou a convalescença com seu papel como Bispo de Roma.
O biógrafo Austen Ivereigh assinalou que o papa priorizava sua missão de estar presente. Até a manhã de segunda-feira, o Vaticano ainda não anunciou a causa da morte. Durante a internação, ele enfrentou crises respiratórias severas.
O cardeal Kevin Farrell confirmou a morte às 7h35 locais (2h35 de Brasília). Desde sua saída do hospital em 23 de março, Francisco estava sob cuidados constantes, recebendo oxigênio conforme necessário.
Na última aparição pública, desejou uma feliz Páscoa a cerca de 35 mil pessoas e reiterou um apelo por cessar-fogo em Gaza, condenando o antissemitismo global. Antes de falecer, ele fez uma última ligação para a paróquia em Gaza, expressando suas orações.
Ao percorrer a praça, muitas pessoas o saudaram e pediram bênçãos. A ministra da Itália para assuntos familiares, Eugenia Roccella, ressaltou que Francisco deu tudo de si, mesmo em sofrimento.