Papa Francisco foi um líder humilde, que perseguiu o desejo de reformar a Igreja Católica
Papa Francisco deixa um legado de inclusão e empatia, lutando pelo bem-estar dos marginalizados e pela reforma da Igreja. Sua liderança será lembrada por um estilo pessoal e por posicionamentos audaciosos em questões sociais e ambientais.
Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos. Ele foi o primeiro papa latino-americano, eleito em 13 de março de 2013, e o primeiro jesuíta a ocupar o cargo.
Conhecido por defender a dignidade humana dos excluídos, Francisco buscou reformar a Igreja, mesmo sem revisar dogmas tradicionais. Popular globalmente, enfrentou forte oposição interna.
O pontífice argentino se destacou por sua crítica ao neoliberalismo, defesa da justiça social, ecologia e direitos dos migrantes. Ele desejava uma Igreja próxima dos pobres, confessando ser “impaciente” ao tomar decisões.
Francisco ficou marcado por grandes gestos simbólicos, como lavar os pés de detentos e sua acessibilidade aos fiéis, mesmo durante a pandemia. Se apresentou como um “papa imprevisível”, vivendo de forma modesta.
Apesar de ser visto como progressista, suas opiniões sobre a homossexualidade e o aborto foram controversas. Mesmo criticando práticas como o aborto, ele não se afastou da doutrina tradicional da Igreja.
Nascido em 17 de dezembro de 1936 em Buenos Aires, ele se tornou sacerdote em 1969. Sua nomeação como papa reacendeu controvérsias sobre seu papel durante a ditadura argentina.
Nos últimos anos, problemas de saúde afetaram seu papado, incluindo internamentos e cirurgias. Sua encíclica ‘Laudato Si’ (2015) e a exortação ‘Laudate Deum’ (2023) abordaram questões climáticas com inovação para um líder religioso.
Além disso, revitalizou a diplomacia do Vaticano, assinando acordos históricos e apoiando processos de paz, mostrando seu compromisso contínuo com a justiça e a paz.
Com informações da AFP
Publicado por Carolina Ferreira